Pages

Subscribe:

quinta-feira, 17 de junho de 2010

NORDESTÃO: FORTALEZA X CSA-AL

 Fortaleza e CSA-AL fazem um jogo para saber quem chega a liderança da competição. A partida começa as 9 da noite. As duas equipes estão escaladas.

FORTALEZA
Fabiano; Peter, Leomar, André Turatto e Guto; Régis, Ricardo Baiano, Coquinho e Alex Gaibu; Jonhes e Tatu. Técnico: Zé Teodoro.

CSA-AL
Anderson Gibi;Celso, Sinval, Carlos Diogo (Anderson) e Claudinho; Lau, Serginho, Anderson e Brown; Catanha e Alessandro. Técnico: Lino.

Árbitro: Emerson Batista. Assistentes: Elan Vieira e Charles Rosas, trio de Pernambuco.

TRANSMISSÃO POVO-CBN
Narração: Renilson Souza. E mais: Moacir Luiz,Marcelo  Mendonça, Everardo de Souza,Miguel Júnior.

OBRIGADO AMIGO RUY LIMA

Órfão do Galvão e do Vavá

Ruy Lima - 17/06/2010 02:00*
Sei que vou fazer inimigos eternos e contrariar meio mundo, mas vou dizer: eu adoro o Galvão Bueno. Também adoro o Vavá Maravilha! Sinto falta da narração deles quando assisto futebol. Não sou um frequentador assíduo dos estádios. Já fui. Hoje fico impaciente com a falta de educação do torcedor, da sujeira dos estádios, do incômodo pela falta de segurança. Mas sempre gostei da vibração dos estádios.

Todos já sabem que nasci lá pelos idos de 1913. Pois bem: naquele tempo, jogo de futebol no Maracanã era narrado por Waldir Amaral, o locutor de rádio mais famoso do Brasil. Foi ele que transformou a narração dos jogos num verdadeiro show. Criou bordões inesquecíveis como "tem peixe na rede" e "indivíduo competente este..." A voz de Waldir Amaral ecoava por todo Maracanã porque todo mundo ficava ligado na transmissão. Ir ao estádio não era suficiente. Tinha que ter o Waldir Amaral enriquecendo o que estava sendo visto. Tudo era mais colorido e emocionante com a narração do Waldir.

É a mesma coisa com o Vavá Maravilha. Não há Clássico-Rei completo sem o radinho com a voz do Vavá colado no ouvido. Depois que se tornaram freqüentes, as transmissões de futebol pela tevê criaram em mim uma preguiça mental. Não preciso mais gravar a fisionomia dos jogadores. Isso é trabalho do Galvão e do Vavá. Agora que estou na África acompanhando os jogos no estádio me sinto órfão do Galvão e do Vavá. Meu Deus, quem é o camisa sete da Holanda? E aquele grandalhão da Costa do Marfim? Não o Drogba, o outro. Seja sincero: quantos jogadores da seleção você é capaz de identificar? Se esbarrar na rua com o Dani, o Ramires e o Doni você vai saber quem são? Saudades do Galvão e do Vavá.

* Rui Lima é produtor editor-executivo e apresentador da TV OPOVO. Enviado especial do GRUPO O POVO NA ÀFRICA DO SUL.